quarta-feira, 31 de agosto de 2011

XXXI

Sinto, agora, neste momento
Que abracei o suficiente por toda a vida
Que beijei o suficiente por toda a vida
Que vi o suficiente por toda a vida
Que tudo foi suficiente
Simplesmente porque foi
Que a vida não é uma bebida
Que devo beber até a última gota
Que não se vê a bebida
Que não é obrigatório beber
Que se mode morrer:
Aos dezoito
Aos sessenta e sete
Pode-se nem nascer
E, sendo um, ou outro, ou não sendo
Foi bom
Foi e chega que eu já escrevi demais

(Pro vovô Abílio, que há exatos 7 anos me deixou órfã de castelos no fundo dos rios) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário