segunda-feira, 26 de setembro de 2011

XL

Sempre quando estou bem
Aparece alguém pra comer meu fígado
Ainda bem que comem - só isso acho natural à boca

Queria poder ser como as madonas
Das pinturas - que se contentem em me ver
Sem exigir que eu me explique diante de cada grupo desconhecido que vem ao museu

Mas eu me vingo!
Enquanto me comem o fígado
Costuro delicadamente: coisas desconhecidas em crochet



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